Murphy aplicado ao transito

O dia comecou bem. No acotovelamento para subir no onibus das 7h55m o motorista ficou de pe na porta e aconselhou todo mundo a ir com calma porque a ponte estava fechada.

Todo dia passo pela Harbour Bridge nos horarios de pico, pela manha e de tarde. Eles fazem aqui aquele mesmo esquema para o pessoal da Barra chegar ao centro do Rio: invertem a mao de uma pista. Pois hoje alguns motoristas entraram em contradicao sobre qual era a mao da pista.

Estamos todos sentadinhos no onibus, eu ja com o laptop a procura de um access point aberto para checar as noticias, quando o motorista faz um novo pronunciamento: vans gratuitas estao levando passageiros para a estacao de trem. Foi aquele estouro da boiada: todo mundo descendo pra pegar a tal da van. Nao foi nem a preguica de ter que descobrir onde e que esse trem ia me levar mas sim a certeza do proximo pronunciamento, que ouvi diretamente do radio do motorista:

- Oquei, tudo limpo aqui. Vamos liberar o transito.

Descontando o tempo parado, cheguei ao trabalho em tempo recorde. Os malandros da van ainda devem estar no balanco do trem.