sábado, fevereiro 16, 2008

Ah, o american way

Update 8/Mar: o Zezo faz o favor de corrigir a abobrinha que eu soltei aí embaixo. Valeu, Zezo! (pra ficar registrado: a decepção com o Brasil é grande mas a intenção não era, e não é, esculhambar de graça).
Thiago

Estava lendo teu blog quando ví uma informação completamente errada. Achei estranho e pensei que fosse brincadeira. Mas quando terminei o texto ví que você dizia como se fosse verdade. Quis comentar e não consegui. Mas foi bom porque não desmereço o blog publicamente, já que minha inteção não é essa. É que escandalizei-me quando você diz que os votos, no Senado brasileiro, são secretos. Jamais foram. Nunca soube disso. Pelo contrário, no plenário tem um enorme painel onde aparecem os votos de cada senador, em cada votação. Além disso a Rádio e a TV Senado cobrem cada votação, tim tim por tim tim. E agora, com a internet, é só clicar. Estou aqui há 30 anos. Dos quais, pelo menos, uns 25 frequento o Senado, justamente para acompanhar as votações que dizem respeito à indústria, e sempre soube, ví e escutei, cada um dos votos dos senadores. Não sei onde tem essa historia de que o voto é secreto.

Se achar isso importante, retifique o texto lá do blog. Se não achar, deixe pra lá. Oiço tanta história e fantasia de Brasília quando vou ao Rio ou a Recife que já acostumei com essas loucuras. E tem o fato de quando a gente quer esculhambar com a gente, como é mania do brasileiro, não importa a verdade. E pode ter sido essa sua intenção.
Pode não ser novidade para vocês mas eu acabo de descobrir que o voto no senado dos EUA é aberto. Não sei qual a desculpa que inventaram no Brasil para o voto ser secreto. Se eu votei no indivíduo eu tenho o direito de saber se ele/ela está fazendo valer a minha opinião no senado.

Quem acompanha as notícias norte-americanas sobre privacidade e liberdade de expressão sabe que o governo está tentando passar uma lei que garante imunidade retroativa para as empresas de telecomunicação que fizeram grampos ilegais desde 2001 sob o comando de agências governamentais.

Em suma: os EUA querem o big brother, mandaram as telcos grampear um sem-número de gente e agora essas telcos estão tomando um pau na justiça nos processos em andamento. A EFF tem o babado em detalhes (em inglês).

Se o governo tentasse isso no Brasil você não teria como saber qual senador votou sim ou não para a emenda. Nos EUA você vê os votos na Internet. Imagina uma ferramenta dessas no Brasil? O Reinaldo Azevedo e o Diogo Mainardi iriam se esbaldar!

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