Habitos

Interessante como alguns de nossos conceitos, pré-conceitos, estão marcados fundo na nossa psique. Por exemplo, não consigo assimilar a acuracidade da metereologia em Sydney.

No domingo, morgado em nosso novo sofá, assisti que a 3a feira seria ensolarada, com chuva no final do dia. Entrou por um ouvido, saiu pelo outro. Pois ontem, logo antes de sair do trabalho, meu colega russo entrou no escritório dizendo (sotaque russo): there seems to be an eletrical storm coming - parece que vem aí uma tempestade. Claro! eu não tinha trazido guarda-chuva e estava usando meus mocassins de camurça.

Deveria ter acreditado no noticiário mas o pré-conceito de que previsão do tempo não funciona está fortemente marcado na mente do carioca, mesmo que ele seja goiano. Até no jornal essa informação fica vizinha de passa-tempos como quadrinhos e palavras-cruzadas.

Pensando nessa história de hábitos, preocupei-me com a situação de minhas férias no Brasil em janeiro. A esta altura o intestino está regulado para o horário australiano, e certamente o chamado da natureza virá nas horas mais impróprias. Ao menos quando eu estiver pelos bares e boates posso tentar quebrar o recorde de cagada outdoor do Raif; só preciso lembrar de não tomar laxante e remédio para dormir na mesma noite.