sexta-feira, abril 21, 2006

Sem fila

Graças ao milagre dos passes Travel Ten, eu tenho o registro dos horários em que peguei o ônibus para ir e voltar do trabalho. Saio do Queen Victoria Building (mais conhecido como QVB) e vou pra North Ryde, numa viagem de, mais ou menos, 40 minutos:














DiaIdaVolta
18/apr/200607h47m17h58m
19/apr/200607h45m17h10m
20/apr/200607h51m18h01m
20/apr/200607h49m17h34m


Antes que digam que sou vagabundo, não trabalhei na 2a-feira porque foi feriado, assim como vai ser a próxima 3a. Parece até Brasília.

Nesse emprego os colegas são o tipo de pessoa com o qual estou acostumado a trabalhar: nerds. Gostei da troca de um chefe dinamarquês viado por um sueco heterossexual (ele até pode ser viado mas pelo menos não fica bebendo clara de ovo e dizendo que é pra
exercitar a garganta). Em especial, gostei da troca por uma colega de trabalho norueguesa que usa blusas com decotes pra lá de generosos. Viva a Noruega.

A empresa, aliás, é norueguesa. Meu projeto dura de 3 a 4 meses (em se tratando de um projeto envolvendo TI é provável que dure 5) e depois: rua! Pelo menos o pé-de-meia está garantido.

Para comemorar fui na quarta-feira ao Basement, aquela casa de música que me lembra o Mistura Fina. Fiquei impressionado com a voz do vocalista da banda que abriu para o Skatalities. A voz de garoto parecia não fazer parte do coroa, pra lá de energético, de 70
anos - o primeiro cidadão branco a nascer na Jamaica. Eu sei disso porque o Murvin me contou. Apesar de Jamaicano, o sotaque do coroa é de Londres. Eu sei disso porque a Debbie me contou.

O Murvin é (mais) um jamaicano que mora na Inglaterra. E eu sou mais um libanês que mora na Austrália. Bem que eu perguntei antes de sair de casa:

- Essa camisa me deixa com cara de libanês?
- Claro que não! você tem cara de brasileiro.

Brasileiro não tem cara, e o Murvin me deu uma de libanês. Fazer o que? Curti o show do Skatalities. Dois dos membros (opa!) eram da formação original da quadrilha, digo, banda. Os velhinhos, rapaz, corcundas, ficavam estranhos quando tiravam o sax dos lábios - os instrumentos pareciam parte do corpo.

Fui pra casa um pouco antes de terminar o show para acordar cedo no dia seguinte e trabalhar direitinho, como bom libanês que eu sou.

2 comentários:

Anônimo disse...

ora viva!!! brahma na Australia. Garrafa diferente?
Que legal, o "bom velhinho" ainda faz show pelo mundo...

Anônimo disse...

Que tipo de barbicha voce tá deixando agora, prá parecer libanês?
Tira isso logo!